no barbeiro da rua
timbiras
aparo entraves líricos
em único golpe
de navalha, entre a
vida e a morte,
como versos do soneto
que se perdeu.
peitos e bundas saltam
das revistas
em reverência ao macho
alfa e teus pecados
repreendidos pela
igreja da boa viagem
do outro lado da rua -
lar dos viciados.
se não há mais fígaro
nem sevilha,
louvemos o deslize, a
boca cheia de espuma
daqueles que se enchem
de raiva e pedra.
abençoado seja joão sem
sobrenome,
cujo antigo ofício de
barbeiro proporciona
ao poeta libertar-se do
peso da barba, cabelo
e das palavras em
anarquia sobre teus ombros.