o busto do homem de
barba esculpido
na praça da liberdade
não corresponde mais
a um nome talhado em
placa de bronze
levada pelos vândalos
da madrugada.
homem taciturno,
libertou-se de teu
passado de alteza
imperial precoce ainda
que tarde,
ainda que algumas
memórias
apontem e soletrem
cada nome de batismo.
honrarias
internacionais
para as pombas
despejarem
dejetos em tua cabeça
tão logo rompe a manhã.
bem sei que não
informaram-te antes,
seu pedro,
mas a estaticidade da
vida após a morte
é mesmo uma merda
pombal.